Enem: sai o manual de redação; documento tem novas regras de correção da prova

terça-feira, 31 de julho de 20120 comentários

enemO Ministério da Educação divulgou ontem o manual “A redação no Enem 2012 - Guia do Participante”, um documento destinado aos mais de 5,7 milhões de estudantes que se inscreveram para a edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 


Em 50 páginas, o manual esclarece com detalhes as novas regras de correção da prova de redação do exame, que acontece nos dias 3 e 4 de novembro. Ele foi criado para tornar mais explícitos os procedimentos da correção, já que, em 2011, mais de 120 estudantes entraram na Justiça para pedir vistas da prova, por não concordarem com o resultado. Até o fim de janeiro, em 79 casos a Justiça exigiu uma nova correção da redação, e apenas dois casos resultaram em alteração de nota.

A nota final da redação do Enem - que vai de 0 a 1.000 - é calculada pela média aritmética das duas notas atribuídas à prova por dois avaliadores independentes. Cada um deles avaliará cinco competências, que permanecem iguais às das edições passadas do exame. O candidato pode somar no máximo 200 pontos em cada competência.

A principal mudança instituída pelo MEC neste ano se refere à discrepância entre estas duas notas e vale tanto para a nota final quanto para a nota de qualquer uma das competências. Pelo manual, uma discrepância acontece quando as notas finais dos avaliadores diferirem entre si em mais de 200 pontos --no ano passado, essa divergência era de 300 pontos--, ou quando as notas por competência diferirem em mais de 80 pontos.

Para solucionar a divergência, um terceiro avaliador será convocado para corrigir a redação, e sua nota será considerada final. Esse procedimento também já era praticado nas edições anteriores. Porém, se esta terceira pontuação continuar discrepante em relação às demais, uma banca composta por três examinadores atribuirá a nota final.

Modelos como exemplos
O Ministério da Educação selecionou ainda seis exemplos de redações que tiveram nota 1.000 no Enem 2011. Os textos foram acompanhados de uma explicação geral sobre o tema, que no ano passado foi “Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado”, e de comentários gerais a respeito da construção dos textos de candidatos do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de São Paulo.

Elas são comentadas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), responsável pela correção da prova. Para executar o novo sistema, o MEC anunciou o aumento de 40% no quadro de avaliadores, de 3.000 para 4.200 a partir deste ano. 

O ministro Aloizio Mercadante também afirmou, em maio, que o ministério firmou um termo de ajustamento de conduta com a Justiça no final do ano passado, no qual ficou definido que os estudantes teriam acesso à correção da prova de redação mediante um pedido.

O manual explica ainda quais são os critérios que orientam os avaliadores na hora de pontuar cada competência. São seis os níveis de pontuação: zero, 40, 80, 120, 160 e 200. Cada um se refere à variação do domínio apresentado pelo candidato.

Por exemplo, na competência 1 (demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita), recebe nota zero quem demonstrar “desconhecimento total da norma padrão”. O candidato que mostrar “domínio insuficiente da norma padrão, apresentando graves e frequentes desvios gramaticais e de convenções da escrita”, receberá 40 pontos. Quem tiver “domínio mediano da norma padrão, apresentando grande quantidade de desvios gramaticais e de convenções da escrita graves ou gravíssimos” somará 80 pontos.


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