Marcos foi cumprimentado pelos companheiros e depois assumiu o microfone. Agradeceu ao pai “por me ensinar a amar o futebol” e a mãe, “por me ensinar a amar o Palmeiras”. Aos irmãos “por serem meus primeiros treinadores”: foram eles que batiam bola com o goleiro no terreno ao lado da casa onde moravam em Oriente, no interior de São Paulo.
Agradeceu também aos patrocinadores do evento, aos jogadores que participaram do amistoso e a todos os técnicos, com citação especial para Luiz Felipe Scolari. “Agradeço muito ao torcedor do Palmeiras”, completou, já arrancando urros dos torcedores, além do constante grito de “p.. que pariu é o melhor goleiro do Brasil”.
“Todo mundo que começa no futebol sonha em alcançar o sucesso, em ter uma vida boa, e eu não fujo a isso. Mas o mais importante era conquistar o torcedor do meu time de criança, que era o Palmeiras”, discursou Marcos. “Hoje eu quero fazer um último pedido: não se esqueçam de mim, porque eu jamais vou me esquecer de vocês”, complementou, emocionando a todos.
O camisa 12 ainda deu uma volta olímpica no carrinho da maca, sendo exaltado. Provavelmente, poucos palmeirenses compareceram ao Pacaembu na noite de terça-feira esperando ver um último “milagre” de Marcos. O goleiro não joga desde dezembro de 2011, e em janeiro anunciou a aposentadoria. A despedida, no entanto, teve momentos de emoção, um duelo com Ronaldo e, para a festa da torcida, nenhum gol sofrido - Sergio estava defendendo a meta nos gols de Edílson e Luizão.
Antes da partida, Marcos havia brincado sobre a possibilidade de enfrentar o ex-atacante. “Fui na casa o Ronaldo e ele está fininho. E você vê pela TV e parece que ele ainda está gordão, não é?”, disse. O corintiano deu trabalho: bateu bolas da entrada da área e de dentro também, quase todas em lances com Rivaldo, o que lembrou muito o time pentacampeão mundial.
“O Ronaldo hoje está chutando só nos cantinhos. Está duro. Mas por enquanto está perto e dá pra pegar”, afirmou. A última defesa da carreira veio em falta da intermediária cobrada por Rivaldo, provavelmente uma defesa realmente difícil. O camisa 10 cobrou por baixo da barreira, mas Marcos caiu e agarrou em dois tempos. Depois disso foi jogar na linha com a certeza da missão cumprida, terminando de emocionar o torcedor palmeirense.
Fonte: Uol Esporte
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